Acabou a passagem de Rogério Ceni como técnico do São Paulo. Durante os seis meses de trabalho, ele acumulou três eliminações e deixou o clube na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Apesar de ser um grande ídolo, era meio nítido que não estava dando certo, muito por causa da teimosia do ex-goleiro, que se mostrava irredutível em suas entrevistas coletivas, dificilmente admitindo que o São Paulo jogou mal. Confira, a seguir, dez momentos que explicam o fracasso de Ceni no comando do clube: Foto: Montagem/ Fera
'Jogo equilibrado diferenciado por duas bolas paradas. Mas, se analisar friamente os números, 500, 600 passes trocados por nós contra 200 do adversário. Dominamos o jogo, dominamos as ações, partimos para cima. Nós jogamos, jogamos, jogamos e eles se defenderam muito bem.' Foto: Alex Sila/ Estadão
'Quando você perde, não adianta falar de números. No futebol, só dois números importam: o de gols do seu time e o do adversário.' Foto: Alex Silva/ Estadão
Você está satisfeito com o repertório ofensivo do time?'Você faz essa pergunta depois que eu tomo 2 a 0 do Cruzeiro e 2 a 0 do Corinthians, fica um pouco injusto. Mas se você perguntar se estou satisfeito com 42 gols em 20, 21 jogos, aí podemos ver. Temos a melhor média de gols, se você for tratar da média do campeonato.' Foto: JF Diorio/ Estadão
Por que um time que fica tanto com a bola chuta tão pouco a gol?'12 a 6. 12 nossas e seis do adversário. Não sei se é pouco ou é muito, mas o número é esse do dia de hoje. Está respondido.' Foto: Werther Santana/ Estadão
São Paulo propôs o jogo, teve inúmeras alternativas pela bola aérea...'42.'Mas já vi seu time trabalhar muito mais por baixo, tanto é que marcou 43 gols na temporada. Contra o Corinthians e o Cruzeiro teve dificuldade. Isso é uma falha coletiva ou individual?'O que é uma falha?'Não conseguir penetrar com a bola dominada pelo chão.'Eu acho que é um mérito de equipes que jogam defensivamente, que se defendem muito bem.' Foto: Werther Santana/ Estadão
Agora você tem pela frente a Sul-Americana e o Brasileirão. Gostaria que fizesse uma avaliação do seu trabalho até aqui. 'É difícil fazer uma avaliação quando você é eliminado. Mas, nos últimos jogos, se eu mostrar todos os números que, para as pessoas em geral, não interessam, que são os números desde posse, finalização, linha de fundo. Por exemplo, escanteios: 13 a 0. Um número impressionante para quem joga fora de casa. Outra coisa, nos dois últimos jogos, nós conseguimos vencer o Cruzeiro, que era o time invicto, e o empate aqui contra o Corinthians, que é um jogo sempre difícil, então acho que mostra uma evolução nesse sentido.' Foto: Werther Santana/ Estadão
'São 11 vitórias, 9 empates, 4 derrotas. Nós jogamos para frente, não temos medo de perder nenhum jogo. Jogamos sempre em busca do gol. Nunca jogamos para trás. Sempre tivemos intenção do gol, nunca recuamos. É um propósito de jogo que eu tenho convicção e espero que dê certo no Campeonato Brasileiro.' Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
'Não acho que foi vexame, mas quem quer que fosse o adversário, a gente vem aqui sempre para vencer jogos. De 12 partidas aqui, perdemos duas já. Não perdemos hoje, mas não conseguimos a classificação. O adversário é um time bem armado taticamente. Já tinha visto, revisto. Conseguimos sair na frente. Numa desatenção, com a linha totalmente posicionada... A bola sem querer sobra para o jogador vindo de trás, ele acerta um belo chute.' Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
'Vejo um jogo muito parelho, em que tomamos um gol que chega a ser medonho... Tomar um gol numa bola de lateral. Fora isso os números são muito parecidos.' Foto: Washington Alves/ Estadão
'Não vejo um começo de temporada tão ruim. Se analisar os número de jogos e de derrotas nos jogos não é tão ruim. É que foi eliminado em mata-mata e isso chama atenção. Hoje jogou de igual para igual com o Cruzeiro, a diferença foi um gol de lateral. Não vivemos o melhor momento no ano. Tivemos momentos melhores. Jogamos futebol de melhor nível nos dois primeiros meses.' Foto: Washington Alves/ Estadão
'O time jogou uma ótima partida, em especial no segundo tempo, quando colocamos o time mais ofensivo possível. Infelizmente em uma bola parada tomamos um gol. O Atlético-PR se postou atrás da linha da bola e soube se defender. É um mérito.' Foto: Alex Silva/Estadão